quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Ir



Sintra. Por mim.



Quando tinha 18 anos, sempre disse que queria ir. 
Ir. 
Era só isto. Queria sair da minha cidade, para outra maior. Que me desse outras oportunidades. Conhecer outras pessoas. Mais pessoas. Crescer. Aprender outras coisas. Viver mais. Sabia que ali onde tinha crescido, eu não queria ficar. E fui. Estudei numa das melhores universidades do país. Conheci seres que estão colados no meu coração, até hoje. Conheci outros que (ainda bem) ficaram pelo caminho. Mudei de país. Voltei (porque o nosso é mesmo espetacular). Consegui mudar para a cidade que adoptei como minha (irei falar muito dela, certamente), mas agora é tempo de voltar. 

Quando esta ideia se formou na minha cabeça, achei ridículo. Ri em voz alta. 
Pensei; "só podes estar a ter um mini AVC."

Mas não estava. Voltar não significa que fracassei. Que não consegui ir onde queria. 
Voltar, só me diz que tenho o coração no sitio certo (ainda que tenha umas palpitações, de quando em vez, que me fazem crer que é o ultimo batimento. Puta [da] ansiedade).

Se já não fizer sentido, se já não for para tirar o fôlego, vai! 

Com o coração no sitio, só pode dar certo!

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